Etimologicamente vem do latim “intus actionis”, o dentro (ou
íntimo) da ação. Significa saber ou ver o íntimo da ação.
Em psicologia, intuição é um processo pelo qual os humanos
passam, às vezes e involuntariamente, para chegar a uma conclusão sobre algo.
Na intuição, o raciocínio que se usa para chegar à conclusão é puramente
inconsciente, fato que faz muitos acreditarem que a intuição é um processo
paranormal ou divino. Seu funcionamento e até mesmo sua existência são um
enigma para a ciência. Apesar de já existirem muitas teorias sobre o assunto,
nenhuma é dada ainda como definitiva. A intuição leva o sujeito a acreditar com
determinação que algo poderá acontecer.
Classificação
A intuição pode ser dividida em quatro grupos. Esses grupos,
na psicologia, não possuem termos oficiais para suas nomenclaturas e nem mesmo
seguem à risca a definição de intuição, já apresentada acima.
Tipo 1: É o tipo de intuição que envolve um raciocínio
simples, tão simples que passa despercebido pela mente consciente. Nós chegamos
a uma conclusão, mas não percebemos que raciocinamos para obtê-la. Quando vemos
um copo caindo, por exemplo, nós já sabemos que ele se quebrará, e isto sem
precisar pensar conscientemente. É o que chamamos de "óbvio",
elementar.
Tipo 2: É o tipo de intuição que vem da prática. Quanto mais
se pratica alguma coisa, mais a mente passa a tarefa de raciocinar sobre o
assunto que se está desenvolvendo do campo consciente para o campo
inconsciente. Enxadristas considerados mestres, por exemplo, ao olharem para um
tabuleiro logo sabem que jogada fazer, pensando muito pouco ou literalmente não
pensando. Outro exemplo é no aprendizado de novas línguas, o aluno tem de
pensar muito para construir frases do idioma que está aprendendo enquanto o
professor o faz naturalmente.
Tipo 3: É quando chegamos a uma conclusão de um problema
complexo sem ter raciocinado. Popularmente, essa intuição se refere aos clichês
"Como não pensei nisso antes?" e "Eureca!". Quando pessoas
passam por esse fenômeno, elas não sabem explicar como raciocinaram para chegar
ao resultado final, simplesmente falam que a resposta apareceu na mente deles.
“Intuição é a apreensão imediata da realidade por
coincidência com o objeto. Em outras palavras, é a realidade sentida e
compreendida absolutamente de modo direto, sem utilizar as ferramentas lógicas
do entendimento: a análise e a tradução. Isto é, a intuição é uma forma de
conhecimento que penetrar no interior do objeto de modo imediato sem o ato de
analisar e traduzir.
A análise é o recorte da realidade, mediação entre sujeito
e objeto. A tradução, é a composição de símbolos linguisticos ou numéricos que,
analogamente a primeira, também servem de mediadores. Ambas são meios falhos e
artificiais de acesso a realidade. Somente a intuição pode garantir uma
coincidência imediata com a realidade sem símbolos nem repartições” (Henri
Bergson).
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