Holocausto no Vale do Hinom - Geena
"Geena era a forma helenizada do nome do vale de Hinom em Jerusalém. Era conhecido também, como “vale do(s) filho(s) de Hinom. É um vale situado ao Sul e ao Sudoeste de Jerusalém; estende-se para o sul desde as imediações do atual Portão de Jaffa. Era ali que se localizava o Tofete segundo relatos bíblicos (Tofete ou Topheth significa Lugar de chama), era onde realizavam-se os rituais de sacrifício humano dedicados aos deuses locais. Entre esses rituais estava o de sacrificar crianças fazendo com que estas passassem pelo fogo em oferta a Moloque,
Oferecer
filhos ou filhas em holocausto ou sacrifício, era uma prática costumeira entre
o povo hebreu, haja vista que entre outros cita-se o Juiz Jefté que ofereceu
sua filha em holocausto (Juízes 11:30-39), assim como os reis: Acaz e Manasses
(2 Crônicas 28:3 e 2 Crônicas 33: 6), ambos foram rei de Judá em diferente
épocas, Oséias, filho de Elá, foi o último rei de Israel também fez passar pelo
fogo a seus filhos e suas filhas no vale do filho de Hinom, (2 Reis 17: 17).
Durante o reinado de Acaz, rei de Judá, a Geena é mencionada como tendo sido usada para a prática de rituais de sacrifício humano em adoração a deuses, particularmente a Moloque (também grafado Moloc ou Moloch, conforme as traduções) e ao deus Baal de Peor. Segundo mencionado em 2ª Crónicas 28:1-3 era neste vale que tais práticas, que incluíam o sacrifício de crianças, eram realizadas.
Baal-Peor, ou Baal de Peor era o deus mais popular de todos os deuses dos povos daquela região, representado por um touro, símbolo de força e de fertilidade, considerado o deus das chuvas e das colheitas. Por ser tão popular, o nome Baal veio a ser freqüentemente usado de maneira genérica para todos os deuses da localidade.
Com o tempo, o vale de Hinom tornou-se o depósito e incinerador do lixo de Jerusalém. Lançavam-se ali cadáveres de animais para serem consumidos pelos fogos, aos quais se acrescentava enxofre para ajudar na queima. Também se lançavam ali os cadáveres de criminosos executados, considerados imerecedores dum sepultamento decente num túmulo memorial.
Com o tempo, o vale de Hinom tornou-se o depósito e incinerador do lixo de Jerusalém.
Quando esses cadáveres caíam no fogo, então eram consumidos por ele, mas, quando os cadáveres caíam sobre uma saliência da ravina funda, sua carne em putrefação ficava infestada de vermes, ou gusanos, que não morriam até terem consumido as partes carnais, deixando somente os esqueletos. Nenhum animal ou criatura humana vivos eram lançados na Geena, para serem queimados vivos ou atormentados. Portanto, foram esses fatos que motivaram a idealização do que seria hoje o inferno, onde o bicho não morre e o fogo nunca se apaga.
Jesus referia ao vale do Hinom como sendo o inferno: Mateus 5:22, 29, 30; 10:28; 18:9; 23:15, 33
Marcos 9:43, 45, 47
Lucas 12:5
Tiago 3:6
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